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A reprodução do peixe betta é bastante fácil de se conseguir. Por isso basta apenas seguir certos passos e conseguimos aquilo que queremos.

1. O primeiro passo será colocar o macho num aquário com umas medidas em media de 40X20X20 ( mais ou menos 20LT. ) com um máximo de dez centímetros de altura de água. Temperatura entre os 27º / 28º.Colocamos o ninho num dos cantos do aquário, pode ser um copo de plastico branco cortado ao meio na vertical ( Ex:Ver imagem na secção "O meu Bettário" ), e uma planta que vai servir de refugio á femea.Depois colocamos a fêmea dentro de um recipiente transparante no meio do aquário ( eu uso um tubo acrilico ).O macho irá iniciar a contrução do ninho.
2. No dia seguinte e após ver se o macho aumentou o volume do ninho, e a fêmea apresenta as riscas características de aceitação mostrando sinais de querer seguir o macho é nesse momento que liberto-a, levantando suavemente o acrilico que os divide para assim não danificar com alguma vibração o ninho do macho.
3. Durante algum tempo o macho vai dançar, bater e voltar a bater nela, dando curtas viagens do ninho em direcção a fêmea e vice-versa, isto vai acontecer muitas vezes até a fêmea ficar numa posição de submissão perante ele e colocar-se por baixo do ninho, e a partir desse momento deixamos correr as coisas que demoram pouco tempo para desovar, embora noutros casos poderá levar umas boas horas, dependendo da quantidade de ovos que a fêmea tem e que consegue expulsar durante o acto e por isso não vamos ficar impacientes e vamos deixar acasalar. Ate que chega um momento em que vai deixar de haver postura por parte dela e o macho ao se aperceber disto vai bater nela ate fazer com que ela desapareça e é neste momento que temos que retira-la caso não a queiramos perder pois o macho pode matá-la, isto também depende da agressividade do mesmo, por isso mais vale prevenir.
4.Durante a altura do “choco” do macho não desligar a luz do aquário, nem dar qualquer tipo de alimentação, ajudando desta maneira a não perder o instinto paternal. Após o nascimento dos pequenos alevins de bettas e quando alguns deles já começarem a nadar na horizontal retira-se o macho e coloca-se dentro do aquário dos alevins uma pedra difusora para movimentar só um bocado a agua e assim começar a obriga-los a nadar, fortalecendo desta maneira as barbatanas.A partir deste momento desligar a luz a noite.
5. Enquanto eles estiverem na vertical e pendurados no ninho não temos que nos preocupar com a alimentação já que esta é fornecida pelo saco vitelino, só quando começam a nadar na horizontal e já sem o fornecimento de alimento proveniente do saco é que começamos por dar alimentos líquidos, podendo assim dar infusorios previamente preparados, como uma casca de banana madura colocada dentro de um recipiente e com alguma luz solar diária.Passados alguns dias essa agua começa a ficar com uma tonalidade verde acastanhado e adicionamos algumas gotas desse liquido ou então Nobilfluid da JBL que dão exelentes resultados.Juntamente com isto porções de microvermes.
6. Durante cinco a dez dias vamos alimenta-los só com alimentos líquidos. Depois de passados estes primeiros dias e logo a seguir ao quinto, está na altura de introduzir comida viva como a artemia recém eclodida.Com isto e algumas trocas de água de cerca de 1/4 duas vezes por semana, e quanto mais melhor, aumentando desta maneira o nível de água em 2 cm de cada vez que se meter, ( agua descansada / agua da torneira dentro de um garrafão com 2 dias ),  também continuo a dar alimentação liquida ate ao decimo dia já que existem os menos desenvolvidos e por norma mais pequenos que precisam mais de cinco dias para uma alimentação baseada em proteína animal. Seguindo com alguma precisão estes passos vamos começar a notar em pouco tempo e com que velocidade crescem. A que ter em atenção por volta do vigésimo dia de nascidos manter a temperatura do ar acima da superfície constante e quente para manter o aquário o maior tempo possível tapado formando assim o tipo efeito de estufa, já que é nessa altura que os pequeninos começam a formar os labirintos que faz com que o betta respire o mesmo ar que nós e com que consiga sobreviver facilmente em aguas pouca oxigenadas.
7. Passado umas quatro semanas do nascimento dos pequeninos vamos notar que alguns deles têm o dobro do tamanho dos manos, tornando-se assim os mais pequenos presas fáceis, é quando devemos separar os maiores para um outro aquário, evitando desta forma a existência de uma selecção natural causada pelo instinto predador entre eles. A alimentação começa a ficar mais balanceada, alternando a artemia recém eclodida e também adulta, com uma mistura caseira a base de proteína animal (coração de vaca) bem moída.
8. É a partir deste momento e quando aumenta a agressividade entre eles que começamos a distinguir alguns machos mais desenvolvidos e começamos a separar em recipientes individuais, fazendo assim com que o betta não fique com algumas marcas nas barbatanas e fiquem com marcas para o resto da vida, devido a estas pequenas lutas que realizam, para ver quem é o mais dominante entre eles.
9. Por fim e após isto tudo começamos a preocupar-nos com a qualidade da agua dos pequenos recipientes que têm os bettas, já que lá por terem labirintos para oxigenar o sangue não que dizer que consigam viver em aguas sujas ou poluídas. Concluindo quanto mais mudas de aguas e uma alimentação variada tenha o peixe iremos ter mais e melhores resultados, tanto na qualidade como na quantidade.